sexta-feira, 27 de maio de 2011

Como Funciona o Sistema de Classificação dos Seres Vivos

por Mariana Aprile

Imagine todos os seres vivos do planeta, tanto animais como vegetais. Agora, tente pensar em uma denominação para cada um deles, de forma que seus nomes os agrupe conforme suas características em comum. Difícil, não é? Mas é exatamente isso que um ramo da biologia faz. Existem pessoas que trabalham apenas para identificar e nomear espécies - os botânicos (no caso das plantas) e os zoólogos (no caso dos animais) e são chamados sistematas.
É muito importante para a ciência que todos os seres vivos sejam identificados, ou não seria possível estudá-los. A ciência agrupa os seres vivos conforme as características que eles apresentam em comum. Como num jogo de encaixar, cada grupo possui um subgrupo, o qual possui outro subgrupo, e a cada divisão as similaridades ficam cada vez mais acentuadas.

Por exemplo, no reino animal estão todos os animais. Nele, há diversos subgrupos que unem os animais que têm mais coisas em comum, como o dos mamíferos, que engloba apenas animais que mamam. A partir daí, há mais subgrupos, como os que são gerados em placenta (placentários) e que são a maioria, ou os que colocam ovos - esse é o caso dos ornitorrincos.

Ordem decrescente
A classificação básica dos seres vivos é, em ordem decrescente: reino, filo, classe, ordem, família, gênero, e espécie. Em muitos casos, há tantas especializações que esta classificação não é suficiente. Por isso foram criadas algumas subdivisões dentro de ordem, classe, e espécie. No caso do grupo "classe", encontra-se a superclasse (que fica um grau acima da classe) e a infraclasse (que fica um grau abaixo da classe). Da mesma maneira ocorre com o grupo da ordem: existie a superordem e a infraordem. No grupo de espécies, encontra-se a subespécie.

Essas subdivisões são muito comuns no caso dos insetos. A razão disso, está muitas vezes ligada à peculiaridades como número de articulações nas antenas - é o caso de uma espécie de besouro. Estudiosos descobriram que uma espécie de besouro tem alguns indivíduos com número maior de articulações nas antenas. E estes apenas se reproduziam com os seus iguais. Então, esses besouros foram classificados em uma subespécie.

O mesmo acontece com os cães. Geneticamente, são idênticos aos lobos (Cannis lupus). Mas apresentam diversas diferenças quanto a tamanho e forma. Assim, são classificados como uma subespécie dos lobos: são os Cannis (gênero) lupus (espécie) familiaris (subespécie).
Ao usar o ser humano como exemplo, veja uma classificação taxonômica completa:

Reino: Animalia (o homem é um animal, e nesse grupo estão todos os animais).
Filo: Chordata (possui notocorda - formação da coluna vertebral - no seu desenvolvimento embrionário, e aqui estão todos os vertebrados).
Classe: Mammalia (seu filhos mamam, e nessa classe estão todos os mamíferos)
Infraclasse: Placentalia (é um mamífero cuja fêmea possui placenta - mamíferos que não possuem placenta pertencem a outra infraclasse)
Ordem: Primata
Família: Hominidae (dentro desse grupo estão as subfamílias Gorilla (gorilas), Pan (chimpanzés), Ardipithecus (extinto), Australopithecus (extinto) , Pierolapithecus (extinto), Sahelanthropus (extinto), Paranthropus (extinto), Kenyanthropus (extinto), Orrorin (extinto), Homininae (seres humanos).
Subfamília: Homininae
Gênero: Homo.

Na verdade, o gênero Homo contém diversas espécies, porém, com exceção do sapiens, todas estão extintas. São elas : Homo antecessor, Homo rhodesiensis, Homo rudolfensis, Homo habilis, Homo cepranensis, Homo ergaster, Homo erectus, Homo floresiensis, Homo georgicus, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis, Homo sapiens.

Espécie: Homo sapiens.

Conforme os grupos se subdividem de acordo com as características compartilhadas, o número de animais enquadrados diminui. Ao mesmo tempo, estes apresentam cada vez mais características em comum.

Cada grupo de classificação é chamado de táxon - de onde vem o nome taxonomia. Esse sistema de classificação permite que os seres vivos sejam agrupados conforme o seu grau de parentesco e permite compreender melhor a evolução da vida na Terra.

terça-feira, 24 de maio de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Do Big Bang até a Evolução da Vida na Terra

Sistemas de classificação dos Seres Vivos

PARA OS FERINHAS DO 7º ANO


Apoptose: morte celular programada.
De: JOSÉ VAGNER GOMES da Folha de S.Paulo

Estudos revelam que células de organismos multicelulares carregam instruções para autodestruir-se no momento em que passam a não ser úteis ao organismo. Assim, como é preciso gerar células para manter os processos vitais, é imprescindível eliminar as defeituosas e as doentes.

O processo no qual a célula promove sua autodestruição de modo programado é chamado apoptose. Esse fenômeno é importante na embriogênese, no desenvolvimento do sistema imunológico e na diferenciação celular, entre outros.

Na apoptose, as células encolhem e a cromatina é compactada, formando massas concentradas nas bordas do núcleo, que se parte, levando à formação de vesículas apoptóticas. Essas são fagocitadas por macrófagos antes que se desintegrem. Em indivíduos adultos, se a multiplicação das células não é compensada pelas perdas, os tecidos e órgãos crescem sem controle, levando ao câncer.

Nas células estudadas, várias enzimas proteases, chamadas caspases, têm papel central na apoptose. Essas ativam proteínas tóxicas e destroem proteínas essenciais ou aquelas que protegem a célula da apoptose, levando à sua destruição.

Pesquisas mostram que neurônios e fibras musculares são mais resistentes à apoptose porque sua perda seria danosa ao organismo. Já células substituídas com facilidade, como as do sangue, são mais propensas a morrer desse modo. A explicação para isso está no gene que codifica a proteína Bcl-2, que impede a apoptose em diversos tipos de célula, bloqueando a enzima caspase.

Distúrbios no controle da apoptose podem levar a uma série de doenças. A apoptose excessiva pode causar doenças neurodegenerativas (mal de Alzheimer e mal de Parkinson) e osteoporose. Já a ausência de apoptose pode levar a doenças auto-imunes, como lupus eritematoso, infecções viróticas prolongadas (herpes vírus) e câncer.

terça-feira, 3 de maio de 2011

comparando o tamanho das estrelas

PREPARAÇÃO PARA OBA 2011



CONSTELAÇÕES




Constelações são agrupamentos aparentes de estrelas os quais os astrônomos da antiguidade imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objetos. Numa noite escura, pode-se ver entre 1000 e 1500 estrelas, sendo que cada estrela pertence a alguma constelação. As constelações nos ajudam a separar o céu em porções menores, mas identificá-las é em geral muito difícil.













Uma constelação fácil de enxergar é Órion, mostrada na figura acima como é vista no hemisfério sul. Para identificá-la devemos localizar 3 estrelas próximas entre si, de mesmo brilho, e alinhadas. Elas são chamadas Três Marias, e formam o cinturão da constelação de Órion, o caçador. Seus nomes são Mintaka, Alnilan e Alnitaka. A constelação tem a forma de um quadrilátero com as Três Marias no centro. O vértice nordeste do quadrilátero é formado pela estrela avermelhada Betelgeuse, que marca o ombro direito do caçador. O vértice sudoeste do quadrilátero é formado pela estrela azulada Rigel, que marca o pé esquerdo de Órion. Estas são as estrelas mais brilhantes da constelação. Como vemos, no hemisfério Sul Órion aparece de ponta cabeça. Segundo a lenda, Órion estava acompanhado de dois cães de caça, representadas pelas constelaçõs do Cão Maior e do Cão Menor. A estrela mais brilhante do Cão Maior, Sírius, é também a estrela mais brilhante do céu, e é facilmente identificável a sudeste das Três Marias. Procyon é a estrela mais brilhante do Cão Menor, e aparece a leste das Três Marias. Betelgeuse, Sírius e Procyon formam um grande triângulo, como pode ser visto no esquema abaixo.


FONTE:http://astro.if.ufrgs.br/const.htm




































domingo, 1 de maio de 2011

PÓLO SUL CELESTE, CALENDÁRIO E RELÓGIO ESTELAR

Calendário e relógio estelar
Entenda como podemos ver as horas e achar o Sul a partir das constelações Por: Romildo Póvoa Faria
Publicado em 15/05/2003 Atualizado em 29/03/2010







Se observarmos constantemente o Cruzeiro do Sul, poderemos, como também foi usado por vários navegadores, saber aproximadamente em que data estamos ou que horas são. Isso porque, dependendo da data do ano e da hora, o Cruzeiro do Sul fica mais próximo do horizonte ou mais alto no céu, a cada momento em alturas diferentes em relação ao horizonte. Isso acontece porque o nosso planeta gira em torno de um eixo imaginário, que passa pelos seus pólos norte e sul, como mostra a figura ao lado.




Esse movimento da Terra chama-se rotação e se completa a cada dia ou 24 horas. Enquanto a Terra gira, somos arrastados com ela em seu movimento de rotação, que se dá de oeste para leste. Nós não sentimos esse movimento, mas observamos todos os astros -- como o Sol durante o dia -- movimentarem-se em relação ao horizonte na direção contrária, ou seja, do nascente para o poente, ou ainda, de leste para oeste. E, se olharmos para o Cruzeiro do Sul, perceberemos que sua haste maior gira lentamente, como se fosse o ponteiro de um relógio celeste, em torno de um ponto do céu, chamado de pólo celeste sul. Para esse ponto está apontado o eixo de rotação da Terra.





Por causa da rotação da Terra, a haste maior do Cruzeiro do Sul gira em torno de um ponto no céu: o pólo celeste sul












O Cruzeiro do Sul é muito usado para que possamos nos orientar. E orientar significa saber qual é a direção do oriente -- que é a direção do Sol nascente.. Isso é fácil, porque o Sol nasce no horizonte leste todos os dias, e se põe sempre no horizonte oeste. Os outros astros, como as estrelas, também fazem esse movimento leste-oeste no céu.




Depois de descobrir a direção do leste, é mais fácil ainda encontrar as demais direções cardeais, que são importantes para sabermos para onde nos deslocarmos sobre a superfície terrestre. O oeste, por exemplo, é onde os astros se põem (se escondem). Ele fica na direção oposta ao leste.




Para achar a direção exata do sul... basta encontrar o Cruzeiro do Sul! Se tomarmos o tamanho da haste maior do Cruzeiro do Sul e o prolongarmos imaginariamente quatro vezes e meia, a partir de Alfa do Cruzeiro em direção ao sul, acharemos o pólo celeste sul. E, se a partir dele desenharmos uma linha imaginária na vertical, até o horizonte, encontraremos a posição exata do ponto cardeal sul.


Para saber mais sobre constelações, leia o artigo Uma leitura do mapa do céu, publicado na CHC 111. Encontrado o ponto cardeal sul, no lado oposto estará o ponto cardeal norte.Se estivermos voltados de frente para o ponto cardeal sul, você já sabe, à direita estará o ponto cardeal oeste,e à esquerda, o ponto cardeal leste. Pronto, lá estão os quatro pontos cardeais! Por facilitar a localização desses pontos é que o Cruzeiro do Sul foi muito usado e ainda é. Por ele, podemos nos orientar em viagens noturnas sobre os mares ou em terra.




Esse artigo foi retirado da revista Ciência Hoje das Crianças 135, maio 2003 - Romildo Póvoa Faria, Pró-Reitoria de Extensão,Universidade Estadual de Campinas